segunda-feira, 10 de maio de 2010

Feira do Livro de Santa Maria (2010)

Excetuando a malandragem de alguns livreiros, a Feira desse ano ofereceu boas opções, tanto em livros quanto em convidados. Destaco a presença de Caco Barcellos, jornalista do Profissão Repórter, e Moacyr Scliar, imortal da Academia. Abaixo, posto algumas fotos do bate-papo com ambos os escritores.


Denis Cabreira, jornalista da RBS que entrevista Caco Barcellos na foto acima, foi um péssimo condutor da conversa. Embora fosse jornalista (o que hoje em dia não significa muito), mostrou um desconhecimento vergonhoso sobre sua própria profissão, afirmando, por exemplo, que atualmente as grandes matérias vêm ganhando espaço nos meios de comunicação. Um absurdo. Caco Barcellos foi educado e pediu para discordar do caro colega.


Caco deu um banho de água fria em muita gente que estava ali presente ao defender suas teses contra a legalização da pena de morte no Brasil. Além disso, advertiu para um dado espantoso. Ao falar de Santa Maria como cidade das universidades, Caco revelou que no Rio Janeiro, mais de 40% da população com ensino superior completo é a favor da pena de morte.

Quando o público pôde realizar as perguntas para o jornalista, as principais dúvidas ficaram em torno do tráfico de drogas e da violência urbana. Ao ser questionado se uma forma de diminuir a violência nas ruas pode ser a legalização das drogas, Caco argumentou que este é um assunto ainda a ser debatido em sociedade e com o Estado: “É preciso discutir sobre as drogas, mas nada pode estar pior do que está”.

Além disso, ele instigou a plateia em questões polêmicas e ressaltou que apenas 5% das mortes no Brasil são causadas por assaltantes. Pasmem.

Sem dúvida, esta conversa com o jornalista foi uma das melhores coisas que a Feira do Livro nos proporcionou este ano.



Entrevista da Tv Ovo com Caco Barcellos
(24/04/2010)




Moacyr Scliar

Já a presença de Moacyr Scliar trouxe menos provocações. Tal como seu livros, o escritor se mostrou simples, ao falar dos pãezinhos e chazinhos oferecidos na Academia Brasileira de Letras. Como a Cláudia tinha um livro dele, resolvemos pedir para que o "imortal" o autografasse, afinal, não é sempre que temos a oportunidade de conhecermos um. Aliás, diga-se de passagem: Scliar se mostrou uma pessoa extremamente simpática.

Scliar e Orlando Fonseca (03.05.2010)


Nós e o Scliar (03.05.2010)


Entrevista da TV OVO, com Moacyr Scliar

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Obras completas de Dostoiévski



Simplesmente o maior escritor de todos os tempos.


A obra completa de Fiodor Dostoiévski é uma coleção em quatro volumes, que trazem todo o material escrito por este grande romancista como "Crime e Castigo" e outros menos conhecidos como "O Senhor de Prokhárchin" e algumas passagens do diário do autor.

Veja a relação do conteúdo desta obra:

Volume 1: INTRODUÇÃO GERAL - NOVELAS DE JUVENTUDE: Pobre gente - O duplo - O senhor Prokhártchin - A dona da casa - Um romance em nove cartas - Polzunkov - Coração frágil - O ladrão honrado - A mulher alheia - A árvore de Natal - Noites brancas - Niétotchka Niezvânova - O pequeno herói - O sonho do tio - A granja de Stiepântchikovo

Volume 2: OBRAS DE TRANSIÇÃO: Humilhados e ofendidos - Memórias da casa dos mortos - Uma história aborrecida - Notas de inverno sobre impressões de verão - Memórias do subterrâneo - ROMANCES DA MATURIDADE: Crime e Castigo

Volume 3: O jogador - O idiota - O eterno marido - Os demônios

Volume 4: O adolescente - Os irmãos Karamázovi - OUTROS ESCRITOS: Esquema para o grande pecador - O crocodilo - O Mujique Márei - Uma doce criatura - O sonho de um homem ridículo - Excertos do diário de um escritor.

* Editora: Nova Aguilar
* ISBN: 852100074X
* Ano: 2004
* Edição: 1
* Número de páginas: 5064
* Acabamento: Capa Dura
* Volumes: 4


O modo como as obras do escritor russo Fiodor Dostoievski penetraram no meu dia-a-dia foi muito curioso. Embora ouvisse muito falar de suas obras, pouco interesse tinha eu sobre as suas ficções.

O ano era 2005. Até então eu havia construído em meus pensamentos a idéia de que obras de "ficção" não valiam a pena ser lidas. Pessoalmente, minha atenção era restrita aos livros de História, pois era exatamente a faculdade que eu cursava naquele momento.

Assim, meu conhecimento sobre literatura em geral era significativamente limitado. Clássicos brasileiros eu havia lido alguns durante os anos do Ensino Médio e só. Ao entrar no Curso de História me concentrei em títulos acadêmicos.

Com o tempo fui percebendo a íntima ligação entre história e literatura, e, mais adiante, entre literatura e filosofia, outro tema que também me chamava a atenção. Assim, em março de 2005, mês em que minha mãe faz aniversário e no qual ocorre a Feira do Livro de Santa Maria, resolvi dar como presente um livro de literatura, tendo em vista que observei seu gosto para leituras das mais diversas. Evidentemente, no meu ato de dar o presente estava ali contido o meu secreto desejo de tomar contato com um autor que muito ouvia falar. Resolvi, assim, adquirir o livro de bolso de Dostoievski intitulado O jogador, da editora L&PM. Ao mesmo tempo que dei o livro como presente de anivserário para minha mãe, pude desfrutar posteriormente da possibilidade de ler um clássico. Assim foi que um livro do autor foi parar, pela primeira vez, nas estantes de minha casa.

Para o leitor compreender os motivos que me levam a afirmar que Dostoiévski é o maior escritor de todos os tempos, me proponho nesse pequeno texto a esclarecer de que modo cheguei a esta conclusão.

Primeiramente se faz necessário ter em vista que as conclusões as quais chegamos (tal como a afirmação anterior que fiz sobre o escritor russo) nunca podem ser explicitadas claramente, dada a complexidade dos pensamentos que cercam e influenciam nossas mentes ao longo de nossa vivência. O arcabouço cultural que edificamos durante o tempo, certamente repercute de diferentes modos em cada indivíduo, o que possibilita a cada um formular outras conclusões, por vezes radicalmente distintas das nossas. Em resumo, o que pretendo afirmar é que um determinado autor só se torna para nós o melhor ou um dos melhores, na medida em que ele responde a algumas das nossas necessidades como leitor. E tais necessidades são inúmeras, sejam de ordem intelectual, sentimental, acadêmica, filosófica, política ou puramente literária. Logo, como qualquer sujeito possui uma história de vida peculiar, as suas necessidades literárias serão, em alguma medida, tão diferentes quanto as situações que sua vida acabaram por determinar. Para exemplificar o que digo, lembro que para alguém que se acostumou a discutir futebol durante uma boa parte de sua vida, provavelmente tal pessoa terá maior afinidade com leituras que dizem respeito a este esporte. Para uma outra que viveu sob um contexto em que a política era a questão central, poderá se alinhar à leituras que preencham esse tipo de interesse. Porém, creio ser fundamental destacar que alguns eventos particulares da vida de cada ser, pode modificar completamente esse panorama. Um caso interessente é de um rapaz que viveu em meio às discussões políticas e gostava muito do tema. Ao ter a notícia de que seu pai fora morto por suas convicções políticas em um determinado regime ditatorial, tal indivíduo simplesmente não podia mais ouvir ou discutir este tema. Como disse antes, é facil observar que os caminhos percorridos por cada um são profundamente complexos, mas, mesmo assim, ainda acredito na concepção de que, em linhas gerais, os interesses literários de uma pessoa estão intimamente ligados ao processo de desenvolvimento cultural de sua própria existência.

Voltando aos motivos que pretendia expor, gostaria de destacar o primeiro. Após ler "O jogador" fiquei encantado com o modo como o autor conseguiu comparar a vida com o jogo. Um exercício literário de primeira grandeza. Mais tarde descobri que o livro foi escrito para dívidas de jogo do proprio Dostoiévski. Não por acaso o nome da obra era "O jogador" e tratava do vida de um viciado em jogo.

Depois desse resolvi ler Os Irmãos Karamazovi. Retirei o livro na biblioteca da Universidade e terminei a sua leitura depois de uns dois meses. Este era simplesmente impressionante. Fiquei encantado com as discussões nele propostas, tais como a existência de deus, a imortalidade da alma, a necessidade de amar ao próximo, entre outros assuntos.

Nesse sentido é interessante observar que a temática sobre existência de deus sempre teve repecrussão particular em minha vida, já que desde sempre as dúvidas acabavam me surgindo. Assim foi que passei a admirar a obra do pensador russo. Na sequência li Crime e Castigo, Notas do Subsolo, Recordações da Casa dos Mortos, O Idiota e Noites Brancas.

Sem dúvida me identifiquei muito com Notas do subsolo pelo seu tom melancólico, solitário e e existêncial. A palavra subsolo já antecipa muitos de seus signifcados. Por ter construído alguns raciocínios diferentes, sempre achei difícil encontrar algum eco em obras literárias. Pois não foi o caso com este livro. Nele, acabei por me reconhecer. Como digo sempre. Uma grande obra pode ser aquela que sintetiza tudo o que você pensa de modo difuso, sem uma organização exata das idéias. Aí está mais um motivo da minha simpatia por seus livros.

Um exemplo deste fato é uma de suas singelas descrições. Por muitos anos eu venho repetindo que a minha morte ideal se daria aos 30 anos, pois depois de atingir essa idade, a vida não vale a pena ser vivida, já que é o momento em que inicia a nossa decadência. Casualmente, em um trecho dos seus livros encontro a seguinte passagem:
Aliás, perto dos trinta anos, pode ser que sinta saudade dela, mesmo inacabada, e irei... não sei aonde. Mas, até os trinta anos, tenho a certeza, minha mocidade triunfará de tudo, do desencanto, do desgosto de viver. Muitas vezes tenho perguntado a mim mesmo se haveria no mundo um desespero capaz de vencer em mim esse furioso apetite de viver, inconveniente talvez; e penso que ele não existe, pelo menos antes de trinta anos (p. 235) Nosso pai não quer renunciar a ela antes dos setenta anos, ou mesmo dos oitenta. Disse-o muito seriamente, embora seja um palhaço. Agarra-se à sua sensualidade como a um rochedo... Na verdade, após os trinta anos, não há outro recurso talvez. Mas é vil entregar-se a isso até os setenta. Melhor vale cessar aos trinta. Conserva-se uma aparência de nobreza, ao mesmo tempo que se engana a si mesmo (p. 237) (DOSTOIEVSKI, Fiodor. Os irmãos Karamazovi. São Paulo: Martin Claret, 2007).

Além disso, existem algumas proposições de Dostoievski que nos fazem pensar com cuidado. Em Os Irmãos Karamazovi, ao tratar de vaga noção de cristã de que temos que "amar ao próximo", independente de tudo, o autor escreve:
Mas se o doente, cujas úlceras tu lavas, te pagar com ingratidão, se puser a atormentar-te com seus caprichos, sem apreciar nem notar teu devotamento, se gritar contra ti, se se mostrar exigente e queixar-se mesmo à diretoria (como acontece muitas vezes quando se sofre muito), farás então o quê? Continuará o teu amor? (p. 63)
Este pequeno trecho certamente exige uma reflexão profunda no que tange a um dos principais aspectos da teologia cristã. Apresentando um caso concreto, a obra nos possibilita por em xeque a tese do "amor ao próximo", entendida como uma obrigação para com todas as pessoas.

Por último, creio que os temas das obras de Dostoievski são universais. O sentido da vida e a existência de deus são assuntos que atravassam a vida da grande maioria dos seres pensantes, e por tratar de tais temas de forma profunda e reflexiva é que considero Fiodor Dostoievski o maior escritor de todos os tempos.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Fotos: cuscos na rua Borges de Medeiros

Aproveitando o solzinho do fim de tarde

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

10 Anos da Editora Expressão Popular e 40 anos da morte de Carlos Marighella

A mesa formada por Diorge Konrad (à esquerda) e Paulo Aukar (à direita). Créditos: André Jobim

No dia 21 de dezembro, ocorreu na Sedufsm a comemoração dos 10 anos da editora Expressão Popular e a lembrança dos 40 anos da morte do revolucionário Carlos Marighella pela ditadura civil-militar em 1969.

Homenagem a Carlos Marighella. Créditos: André Jobim

Na ocasião, os palestrantes Diorge Alceno Konrad e Paulo de Tarso Aukar discutiram o tema "Marxismo na batalha das idéias", demonstrando a atualidade das idéias propostas por Karl Marx no que diz respeito ao atual sistema capitalista. No mesmo local foram colocados à disposição dos interessados, livros da editora para serem comercializados. A principal característica das obras, além da qualidade, são os baixos preços. Se você tiver interesse, pode dar uma olhada na lista de livros clicando aqui.

Semelhanças entre um arbusto e Claudie Fritsch-Mentrop

O arbusto e Claudie Fritsch-Mentrop

Observem as duas fotos. A da esquerda eu bati na esquina da rua 20 de Setembro com a Benjamin Constant. O trabalho de poda deve ter sido feito por algum bom jardineiro. Já a foto da direita é do clip da música "Voyage, voyage", grande sucesso dos anos oitenta da banda Desireless. Quem aparece é a cantora francesa Claudie Fritsch-Mentrop, francesa de origem tcheca. Nos anos 70 ela foi designer de moda. Anos 80 começou cantando em bandas de Jazz, New Wave e Rythm&Blues. Em 86 estourou com essa música, composta por Jean Michel Rivat.

O fato é que assisti pela primeira vez esse clipe na casa do Cirilo. E o cabelo da moça me marcou muito. Aí, esses tempos passei na esquina essa e olhei para aquelas árvores. A primeira lembrança que meio veio à mente foi exatamente a do cabelo de Claudie Fritsch-Mentrop. O arbusto e a moça não tem cortes semelhantes?

A falência dos ecopontos em Santa Maria?

O falido ecoponto localizado ao lado Prefeitura, na rua Venâncio Aires

Mais uma estupidez do processo de coleta de lixo em Santa Maria. Os tão aclamados "Ecopontos" parecem não ter funcionado como queriam as autoridades. Em duas oportunidades fui verificar se o lixo estava sendo realmente separado pelos moradores da região próxima à Prefeitura (local onde está um dos quinze ecopontos de Santa Maria) . O resultado foi desalentador. Havia papéis nas divisões destinadas ao vidro, ao metal e ao plástico, assim como havia garrafas na parte destinada ao plástico, e assim por diante. Além disso, a preocupação da prefeitura era de recolher diariamente o lixo dos ecopontos, mas pelo visto nem vai ser preciso, pois poucas pessoas o utilizam.

Somente em sonhos o poder público poderia imaginar que de uma hora para outra as pessoas iriam se propor a separar o lixo, se deslocar das suas casas e colocá-lo no recipiente determinado. Para funcionar a separação do lixo, os ecopontos ao menos deveriam estar presentes em todas as lixeiras da cidade. Em resumo, os ecopontos deveriam ser as próprias lixeiras. Só que para uma prefeitura que está sempre se defendendo com o discurso de que não há dinheiro para nada, certamente não seria o tratamento ambiental do lixo que ganharia prioridade. Aliás, tem que se ter cuidado, pois quem sabe o prefeito não resolve criar uma nova "contribuição" municipal para melhorar a situação da coleta seletiva. Não é?

Cultura na Sedufsm: Música engajada ou alienante?

Da esquerda para a direita: o professor Edu Pacheco, do curso de Música da Unicruz (Cruz Alta) e também coordenador do projeto CUICA; o coordenador da mesa ue não lembro o nome; Oscar Daniel Morales, do curso de Música da UFSM; e Renato Molina, servidor da UFSM e músico da “Band on the run”. Créditos: André Jobim (14.12.2009)

Eu e Cláudia estivemos presentes na última edição do ano do projeto "Cultura na Sedufsm", que nessa oportunidade debatia se ainda há espaço para a música "engajada" nos dias de hoje. O texto abaixo foi escrito pelo assessor de imprensa da SEDUFSM, Fritz Nunes.

Debatedores questionam se há lugar para música engajada

Para um determinando ponto de vista, o que muitos artistas querem é mudar a sua estética para entrar no mercado de consumo, “vendendo um pouco da alma ao diabo”. Sob um outro prisma, o que seria preciso é repensar o formato da arte. Por que não existe espaço para a música de protesto, engajada? Será porque as pessoas não querem mais protestar? Essas são apenas algumas das idéias discutidas na noite de segunda, 14 de dezembro, durante a 40ª edição do Cultura na SEDUFSM.

No último evento cultural de 2009, a proposta foi discutir “Música engajada ou alienante?”. Participaram do debate o professor do curso de Música da UFSM, Oscar Daniel Morales, o professor de Música nas Universidades de Santa Cruz do Sul e Cruz Alta, Edu Pacheco, e o músico da “Band On the run”, Renato Molina. A coordenação ficou a cargo do professor do curso de Comunicação Social da UFSM, Rondon de Castro. Cerca de 20 pessoas prestigiaram a atividade.

O professor Daniel Morales, do curso de Música da UFSM, que tem uma história junto ao Movimento Nativista do Rio Grande do Sul, hoje é bastante crítico em relação a esse estilo. “No passado já tivemos orgulho de dizer que éramos nativistas e não tradicionalistas, mas hoje, infelizmente, no nativismo prospera a reprodução de um mesmo quadro. A mesmice tomou conta. As músicas se limitam a descrever o gaúcho tomando mate”, argumenta com bastante acidez. Para Morales, a música engajada politicamente praticamente desapareceu. “Será que somos acomodados, vendemos um pouco da nossa alma ao mercado ou somos reféns da indústria cultural”, questiona ele.

Mesmo não pretendendo apresentar respostas definitivas a tantas dúvidas, o professor Daniel Morales vê como uma das causas a ausência nas pessoas de um “espírito rebelde” aos moldes do que existia no final dos anos 60 e meados dos anos 70. “Havia uma rebeldia positiva, transformadora”, diz ele. Para o professor, a educação tem papel importante em todo esse processo. Citando o videoclipe que havia sido apresentado antes de iniciar o debate, da banda Pink Floyd (Another brick in the wall), Morales destacou que “se continuamos formando apenas tijolos para compor um muro, pessoas de pensamento uniforme, iguais, o que se pode esperar?”, questionou. (Leia a nota completa aqui)

Fritz Nunes - Assessor de Imprensa da SEDUFSM
Seção Sindical dos Docentes da UFSM
55.3222.5765 - 55.9923.7836

10 Anos do Práxis - Coletivo de Educação Popular

Painel de entrada do 4º andar do CCSH

Nos dias 10 e 11 de dezembro de 2009 foi comemorado o aniversário de 10 anos do Práxis, Coletivo de Educação Popular de Santa Maria. Atualmente ele está localizado no 4º andar do Prédio de Apoio do CCSH, na rua Floriano Peixoto. Embora ligado à UFSM, desenvolve suas atividades de forma independente, sempre propondo aos seus alunos uma visão crítica a respeito da sociedade atual.

Foto com educadores, ex-educadores e palestrantes. Eu estou no centro da foto com a camiseta do Grêmio.

Pertenci ao Práxis durante os anos de 2004 e 2005. No primeiro ano, apenas participei da confecção dos polígrafos de História, dando apenas algumas aulas juntamente com os colegas Cirilo Nunes e Nielle Villanova. Já em 2005, eu e Bruno Moraes coordenamos o trimestre de aulas anterior ao vestibular. Confesso que foi uma experiência de grande importância.

Os palestrantes

Mesmo não tendo participado do segundo dia das comemorações, pude comparecer à palestra do dia 10, que teve a presença dos professores Diorge Alceno Konrad e Paulo Aukar, que trataram do tema "Educação popular, trabalho e exclusão".

Diorge Konrad, professor do Curso de História

O professor Diorge, coordenador geral do projeto, fez da sua fala uma instigante provocação aos educandos e educadores que assistiam à sua fala. Aproveitou a oportunidade para destacar que aqueles que ali estivessem hoje, discutindo educação e exclusão, não se tornassem, no futuro, os defensores da atual lógica educativa que segrega e exclui, tal como faz o vestibular nesse momento.
PauloAukar, professor do Centro de Educação

Já o professor Paulo Aukar destacou o modo como acompanhou de fora os 10 anos de desenvolvimento do Práxis, salientando o papel crítico que a instituição desempenha dentro dos limites conservadores da UFSM.

Local da palestra: Auditório do 4º andar.

Ao fim das palestras, batemos uma foto (a primeira desta postagem) onde aparecem palestrantes, educandos, educadores e ex-educadores, como forma de registrar o momento de festa desta longa história de lutas do nosso querido Práxis.